7 de jul. de 2012

Platonic/ Parte II - Simpson.

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- De novo para o inferno – sorri irônica.
- Qual e a sua matéria? – perguntaram juntos.
- Hm, acho que agora e cidadania – fiz uma careta.
- Eu também – Cambo fez o mesmo.
- Eu não – disse Alli rebolando no meio do corredor. Passei no armário, peguei meu livro e subi pro segundo andar com o Cambo.
- Tem certeza, que não quer andar com eles? – sorri de lado, enquanto apontava com a cabeça pra turminha mais conhecida.
- Ta brincando? Prefiro uma princesa a um bando de moleques e de mal comidas – ele disse serio e eu gargalhei.
- Você quem sabe, mais essa princesa ta mais pra sapinha – sorri.
- E que sapa – ele sussurrou. - E ai! Ce sumiu o dia todo - Cody disse, em seguida, alguns toques irreconhecíveis.
- E ai, pois e, tava com as meninas - ele se virou pra trás, enquanto eles conversavam. 
- Atenção - o professor com a voz mais fina que a minha, gritou.
- Começou - o Cody fez uma careta repulsiva.
- Todos querem nota certo? - ele disse, e  "SIM" "TO AQUI PRA ISSO"  apareceram - E eu quero férias no Havaí, com aqueles bofes, ai Deus! - ele disse baixo, alto o suficiente pra eu escutar e gargalhar.
- Gay é uma coisa, bicha loca da laje no cio é outra - Cambo disse e eu ri mais alto ainda.
- Continuando, eu queria um trabalho em grupo... Que não terminasse como o último, que vocês colocaram fogo na sala - ele disse apreensivo, lembrando da cena - Então decidimos, que e os outros professores que vamos acampar em grupos! Seguinte, vamos formar um casal... Esse casal vai ter que sobreviver na floresta, no final, o que aguentar por mais tempo vai ter uma nota máxima! - ele disse batendo palmas.
- Nossa que idéia brilhante, por que não terão antes? – Josh, um dos bonitões ironizou.
- Detalhe, os casais serão sorteados – ele disse colocando o nome de todos em um pote – Venham os primeiros da lista.
Ai que ótimo! Eu seria escolhida, ou melhor, sorteada. E algo me diz que vou passar a semana com um nerd chato, que vai falar de biologia, guerra nas estrelas e vai economizar nossa comida.
Dentre vários gritinhos histéricos de meninas que conseguiram fazer o trabalho com algum menino disputado, tinha também as garotas que reclamavam por terem sido surpreendidas por um dos “esquecidos”. Bem, esse e o nome dado aos, assim como eu, deixados de lado, nada populares. Somos só esquecidos.
Vi de longe a expressão de felicidade do Cambo, fiquei feliz de vê-lo sorrindo daquela maneira tão doce. E ao seu lado, meio perturbado Cody parecia estar reclamando, não dei muita importância. Eu sei que parece estranho. Mais enquanto eu caminhava pelos corredores com o Cambo, eu prometi que tentaria o máximo possível evitar ele, pelo menos tentaria. Assim como todos sabem, ele não e um príncipe encantado, e as agente acaba se cansando de se iludir.
Perdi-me em minhas hipóteses de parceiro por um tempo, até que Cambo veio perto de mim.
- Parece que eu... - ele disse sorrindo, até ser interrompido por um de seus amigos.
- Ele quer falar com você – foi única coisa que o menino que mais parecia uma muralha disse.
Pelo canto do olho pude ver que quem queria falar com ele era o Cody. Foi assustador o modo com que ele tirou o sorriso do rosto e substituiu por uma careta. Eu me sentei e por fim me deitei na mesa. Acho que meu parceiro era o Cambo, por isso ele veio falar comigo, então fiquei esperando-o.
Engraçado e que eu pensei que o motivo daquele sorriso fosse Megan. Uma garota que ele já falou muito pra mim, achei que eles fariam parceria. Então não havia motivos pra aquele sorriso estonteante.

Ponto de vista do Cambo ligado.

Eu já estava meio bolado com o Cody, por ele ter chateado a Sophia, já dava pra perceber, que ela não queria ficar perto dele, ela o evitava, ela evitava olhar direto pra ele. Sempre disfarçando, mais eu a conheço, são anos de convivência. E agora ele quer conversar comigo.
- Eu quero que você lembre, que se eu estou fazendo isso, e por que eu te devia uma cara – eu disse por ultimo, enquanto ele sorria.
- Valeu mesmo – ele disse vitorioso.
- Eu to de olho em você – falei pausadamente, fuzilando-o.
- De boa – ele disse.
- Agora vai lá, e finge que nada aconteceu – disse.

                      Ponto de vista da Sophia ligado.

Eles estavam um tempo conversando, afinal, a aula iria acabar eles bem que podiam bater papo depois, eu tinha que saber quem era meu parceiro, já que alguns nomes não tinham sido citados eu não podia ter certeza que sairia com o Cambo.
- Então, voltei – o Cambo apareceu atrás de mim.
- A oi, ate que enfim, o que queria me dizer? – perguntei.
- A parece que seu parceiro ainda não apareceu – ele sorriu de lado.
- A, pois e Cambinho – fiz biquinho.
- Tenho certeza que deve ser alguém de boa – ele riu sem humor.
- Espero – disse deitando novamente na mesa.
- Sophia Cook? – espero, eu conheço essa voz... A não.
- Sim – disse sem muita vontade.
- Seu parceiro – Cody sorriu de lado.
Então Deus por um dia resolveu me atender? Duas coisas boas em um dia só, era raridade. Respirei fundo, tentei não pirar e nem imaginar o Cody dentro de uma barraca comigo.
- Agente já se conhece, não e? – eu disse com medo da resposta. Eu só queria saber se ele ainda lembrava, poxa.
- Já sim – ele sorriu – Digo, hoje mais cedo – ele coçou a nuca.
- Desculpa minha falta de jeito – disse sorrindo sem humor.
- Tudo bem – ele sorriu – E que eu não estou acostumado, com as pessoas não saberem meu nome.
- Pois e – disse – Sou meio diferente.
- Eu percebi – ele sorriu gostoso.
O sinal bateu, ainda bem, eu não aguentaria.
- Tenho que ir, depois resolvemos o que tem de resolver pro trabalho – disse meio sem graça.
- Hm claro, até – ele sorriu.
Percorri com os olhos por toda sala, em um canto estava o Cambo. Pensei que ele viria até mim, ele só virou as costas e saiu atrás de alguma das meninas. Fui atrás, não por precisar dele, mais sim por que eu iria até a casa dele.
- Cambo espera – disse.
- Que foi? – ele disse estranho, ele estava estranho.
- Não vamos estudar? – disse bem sem graça.
- A deixa, não dá hoje – ele acenou e voltou pro lado da menina de cabelos compridos.
- Tudo bem – disse baixo.
Fui até o armário, deixar minhas coisas lá. Peguei o celular, e sai andando.
- Ei, não me viu? – Katy disse toda meiga.
Eu a conheço há algum tempo, desde que me mudei para cá, a alguns anos. E foram muitas as vezes que pude contar com ela, e com seu bom humor. Toda meiga e tímida. Cabelos longos e castanhos claros, olhos cor de mel e um sorriso lindo. Katy e toda linda.
- Nem vi Katy, desculpa – disse meio sem graça.
- Tudo bem – ela sorriu – Você e da turma de cidadania do professor, meio “estranho” ? – ela perguntou animada, se enrolando nas últimas palavras.
- Sou sim, e vou participar do trabalho dele – Sorri e depois fiz uma careta.
- Todas as turmas do terceiro vão participar – ela fez uma careta – E quem e o sortudo?
- Cody Simpson – disse e ela calou.
- E por que essa carinha? – disse me abraçando de lado enquanto caminhávamos pelo corredor.
- Eu...sabe – tentei dizer.
- Você não queria muito contato – ela sorriu de lado.
- Eu nem sei mais – sorri forçado.
- Não vai ser tão ruim – ela tentou melhorar.
- Aguarde então – disse desviando o olhar – E o seu sortudo?
- Não sei ainda – ela fez biquinho.
- Ah – disse.
- Oi povo lindo, como estão nesse dia maravilindo? – Alli apareceu do nosso lado.
- Conta quem e seu parceiro logo – sorri.
- Nada mais nada menos que... – ela começou a falar empolgada – não sei o nome dele.
- Nossa – gargalhei – ela ta tão empolgada...
- Que nem sabe o nome – Katy me intemrrompeu.
- Saber eu sei, só esqueci – ela disse.
- Gente eu tenho mesmo que ir, esqueci que meu pai vinha me buscar – ela saiu correndo e gargalhei – Beijos – ela olhou pra trás jogando beijos no ar e acabou esbarrando em varias pessoas.
-Nossa – Alli balançou a cabeça.
- Né – sorri – Bem, eu vou pra casa.
- Não ia ajudar o Cambo? – ela perguntou.
- Ia, ele desistiu – sorri sem graça.
- Entendi, e seu parceiro? – ela perguntou animada.
- Dica: Tem o mesmo sobrenome que o teu – disse.
-  Simpson? – ela disse sem entender – Ai meu Deus - ela colocou a mão na boca.
- Isso ai – sorri de lado.
- Você não tinha que ta pirando? – ela me olhou confusa.
- Tinha né – sorri.
- E não ta por que? – ela me olhou mais confusa ainda.
- Hm, acho que eu não queria, por isso – disse. Andávamos pelos corredores, até a saída. Eu iria pra casa a pé, graças ao meu lindo melhor amigo.
- Como não queria? – ela pegou a mochila do chão.
- Queria ser notada, não passar as férias em um barraca, com o meu amor platônico – disse olhando-a.
- Entendo e mesmo muita convivência – ela sorriu
- Acho que até amanhã essa minha confusão vai estar resolvida, e só esperar minha ficha cair – eu disse. Coloquei minha mochila nas costas, peguei o celular. Já eram quase uma hora. Andávamos enquanto ela me contava do seu parceiro de trabalho, dentre um e outra historia do que eles conversaram sempre vinha um sorrisinho bobo. Ah mais aquilo até o final do nosso trabalho ia virar amor. Eu aposto.
- Você não me parece bem – ela disse analisando-me.
- Claro que to, afinal sou a parceira do Cody sedução – disse tentando disfarçar, no fundo eu queria era saber o por que do Cambo ter mudado daquele jeito comigo.
- Viu só, você já melhorou e está achando bom – ela disse empolgada.
- Só não sei se vai terminar muito “bom” – falei baixo, pra que ela não escutasse.


Oi gente! E como sempre tem meu recado aqui no final. Espero que estejam gostando, já que eu tive que recomeçar. Beijos, fiquem com Deus

28 de jun. de 2012

Platonic/ Parte I - Foco.



Sophia Cook, Los Angeles, 7:48am.

Estou atrasada de novo. Que coisa! Sai correndo, tropeçando pelas coisas jogadas no chão do apartamento.
Caminhei até o banheiro, tomando uma chuveirada, para ver se despertava. Sai já de lingerie, enrolada na toalha. Cada cômodo que eu passava, pegava uma peça de roupa. Em cima do sofá estava meus jeans, jogado em um canto os alls stars velhos, dependurado na cadeira minha blusa.
Passei pela estante da sala, pegando minhas chaves e a bolsa. Já estava quase voando pela escadaria, quando veio a sensação de estar esquecendo alguma coisa.
- Matt, que droga! – voltei correndo para o apartamento, seguindo pra o quarto – Acorda Mattheus! – eu o chacoalhava, batia, mordia o marmanjo do meu irmão que não acordava.
- Perdeu o trem foi? – ele ria enquanto caminhava para o banheiro.
- Não perdi nada, mas você vai perder a cabeça e muito mais se não estiver pronto em dez minutos – o ameacei.
Matt e meu irmão, e quatro anos mais velho, para minha infelicidade. Está fazendo faculdade – ou sendo obrigado a fazer – de engenharia civil, para ajudar meu pai com negócios. Ele e louco por musica, e sonha em poder ganhar a vida assim, mais e completamente contra o padrão de filho exemplar estabelecido pelo meu pai. Enquanto isso, eu tenho policiá-lo ou voltamos a morar com o papai, e eu não abriria mão de estudar aqui.
- Pronto – ele disse descendo as escadas – Quer uma carona?
- Eu não posso recusar bela adormecida – disse, pausei e me virei para ver sua expressão, ele colocou língua, eu ri baixo – Preciso pegar o segundo horário, tenho um teste de física, valendo mais da metade da nota final.
- Você e mesmo bem diferente de mim – ele riu.
- Sou e? Eu só me preocupo com o amanhã – disse fazendo pose de “exemplar”.
- Só aceitei a faculdade, por morar quase sozinho, e por ganhar essa belezinha aqui – Ele se deitou no capo do carro, simulando um abraço.
- Quase? Beleza valeu pela parte que me toca – fiz cara de ofendida, enquanto ele abria a porta do carro pra mim.
- Awn, te isso maninha, o Matt te ama pla semple – ele disse que nem bebê e me abraçou.
- Sei... EU TAMBÉM TE AMO VELHO! – disse abraçando forte o pescoço dele – Eita menino cheiroso!
Ele dirigiu rapidinho até minha escola.
- Bem, e aqui que deixo a princesa – ele disse.
- Deu carona pra outra garota? – perguntei, olhando o bando de trás.
- Não boba, e você! – ele sorriu como se fosse obvio.
- Obrigada – eu sai do carro – Ô e pra ir direto pra facul, nada de perder aula com farrinha – falei com a mão na cintura e o dedo no ar.
- Sim mamãe, quer que eu leve uma maça também? – ele soltou um beijo no ar e pisou fundo no acelerador.
Caminhei até os corredores, passando pela cantina e por fim me sentando em um banco, no jardim, aproveitando pra revisar a matéria de física. Até... Até o anjo que frequenta a escola prender totalmente minha atenção. “Foco, foco Sophia!” pensei. Era Cody Simpson, o pegador da escola. Lindo, perfeito, maravilhoso, delicia... Foco, Sophia! Foco, ai Deus.
Ele tinha sido expulso novamente da sala. Estava indo pra diretoria, até que eu perdi ele de vista. Bom, pelo menos posso voltar a respirar.




                        

- OOOH APARECEU! – Alli veio correndo/pulando em minha direção, como uma gazela drogada.
- Sumi por um horário e geral já pira – disse segurando ela.
- Chata, simbora, tem teste e eu preciso arrumar uns nerds por perto – ela segurou no meu braço  e saiu procurando gente, aquilo me fez rir.
- Ou sentar do meu lado, por que eu estudei – disse gargalhando.
- A canta outra - ela revirou os olhos.
- E pegar ou largar, levantei os braços.
- Melhor alguem que estuda e não sabe passar cola do que nada - ela me puxou pra sala. 
- Bobobona - coloquei língua pra ela. 


Sentei-me no meu lugar habitual e a Alli atrás de mim, como sempre. Virei pra sempre, assim que vi a professora com cara de peixe entrar na sala.
- Todos pra frente, vou aplicar a avaliação – disse ela sem ao menos abrir a boca.
Meia hora depois e eu já tinha terminado. Por minha sorte – ou preguiça da dona peixuda – as questões eram de múltipla escolha. Vi o Cody bater na porta. Ele queria fazer a prova, explicou que estava na diretoria, por que foi expulso no horário anterior.
- Obrigada – ouvi a voz rouca dizer.
- Por nada – ela sorriu. Opa! Ela sorriu coisa rara.
- Amiga e impressão minha ou... – Alli perguntou e eu interrompi.
- A senhora peixe sorriu – eu disse segurando o riso da cara de nojo da Alli.
A essa altura eu já tinha passado o gabarito da prova, pra Alli pela borracha. E estava quase caindo de sono, quando ela me chamou.
- O que foi? – virei com raiva.
- Ele mandou te chamar – ela apontou pro Cody.
Eu não deixei de dar um pequeno sorriso, mais logo parei.
- O que foi? – perguntei-o.
- Por favor, me ajuda – ele disse.
Será que alguém sabe qual foi minha escolha? Sim! Claro que eu ia ajudar ele.
- Passa pra ele – entreguei a borracha.
Ele copiou tudo, e quando o sinal bateu e eu já estava saindo, ele me puxou.
- Valeu mesmo – ele deu um sorriso.
- Não seja por isso – abaixei a cabeça.
- Então, qual seu nome mesmo? – ele perguntou.
- Sophia, mais pode chamar de Sô – disse meio sem jeito.
- Sou Cody – ele disse, (como se eu não soubesse).
- Cody meu amor, agente tem que conversar – Melanie disse.
Quem e Melanie? Mais uma das que caiem aos pés dele. Uma piranha loira, com a cabeça grande, magrela e estranha.
- Qualé, eu to ocupado – ele a tirou de cima dele, que no momento estava agarrada no pescoço dele – Não tenho nada pra falar com você.
- Quem e ela? – ela olhou pra mim, dos pés a cabeça.
- Eu to indo – disse baixo.
- Não! – ele me puxou – Tchau Melanie.
- Amorzinho, agente precisa conversar – ela disse com a voz de taquara rachada.
- Ô menina, deixa eu te dar um toque, tipo assim, vou até falar devagar pra você entender – Alli apareceu e entrou na minha frente e do Cody, ficando de frete pra Melanie – Ele não te quer mais, sacou? Ele nunca quis, agora para de infernizar e some da vida dele, se toca magrela.
Ela só virou as costas e saiu chorando, a minha vontade era de sorrir, não por ela, até por que não me importava nem um pouco com ela, mais sim por que eu estava conversando com ele, nem seja um pouco.
- Vamos Alli? – disse.
- Vamos – ela me puxou.
- Até – ele deu o melhor de seus sorrisos.
- Tchau – eu disse.
Estávamos indo pra cantina, quando ela começou a sorrir e a pular na minha frente.
- Então... - ela disse.
- Ele só me agradeceu, só – disse.
- Ele sorriu, e também preferiu você a Melanie.
- Qualquer um e melhor que ela – eu disse sem animo.
- A para, achei que você ia ficar alegre – ela disse do meu lado.
- Eu vou à sua casa a mais de quatro anos, e ele vai perceber minha presença e perguntar meu nome só hoje, bem no dia que o ajudei a não zerar na prova? – eu disse – Ele e só Cody Simpson, o foda da escola, e eu? A certinha, amiga da irmã dele.
- E contagiante seu animo - ela sorriu de lado.
- Só sou realista- disse chateada.
- Aw, eu realmente não queria ser irmã dele - ela disse pra me deixar melhor, eu sorri.
- Tá tudo bem - sorri ou melhor, tentei
- Oi coixa linjda - Cambo disse. ele era da turma do Cody, mais era mais "quieto" que eles.
- Oi princeso - eu sorri.
- Você tá bem? - perguntou-o me analisando. Eu me posicionei ao seu lado, em seus braços, enquanto entravamos na cantina. Eu via alguns olhares percorrerem na gente. Afinal, eu não era nada comparável com as meninas que eles eram costumados ter do lado. 
-Bem sim e você ? - perguntei sorrindo falso. 
- Tô bem, mais isso não importa, você não tá bem coisa nenhuma - ele levantou meu rosto - Coisa de melhor amigo - ele sorriu de lado. Alli já tinha ido pegar os refrigerantes e eu estava sentada, com Cambo na minha frente.
- Claro que eu tô, e por que não estaria ? - fiz bico. Alli chegou, e sentou ao meu lado.
- Por que meu irmão foi perguntar o nome dela só hoje - ela disse, eu mandei um olhar sonico e ela fez cara de quem falou demais.
- Ele perguntou? Cody não tem jeito - ele disse. 

- Isso nem e motivo pra eu não estar bem – disse olhando pro refrigerante.
- Só pelo fato que ele e egoísta ao ponto de ter perguntado por que você o ajudou... - Alli começou a falar, e o Cambo a interrompeu.
- Psiu! – ele olhou para Alli, repreendendo-a. Eu abri o refrigerante, e o coloquei no copo, sem muita vontade.
- Eu já disse que eu to bem – confirmei. Não pude deixar de olhar pela cantina. E em um lado, estava ele. Tão lindo. Era ate engraçado, o modo como ele sem saber, era tudo que eu precisava. Tudo que ainda me prendia. Ele era tudo e ao mesmo tempo nada, e vice versa.
- Você vai lá pra casa hoje, pequena? – Cambo perguntou.
- Eu não sei, precisa de ajuda em alguma matéria? – sorri fraco. Tirei os olhos do Cody, que estava sorrindo. Aquilo me deixava até ofegante – por dentro – se e que e possível.
- As de sempre – ele sorriu de lado.
- Eu vou passar lá, depois da escola, pode ser? – perguntei. Levei pela primeira vez o copo na boca. E pequei meu celular na bolsa.
- O que foi? – ele perguntou.
- Só to avisando o Matt – coloquei o canudo de novo na boca.
- E quem precisa da Alli? Ela e só uma chata, e nem faz falta – ela disse com a mão na testa, fazendo drama.
- Concordo, e gordinha né? – Cambo começou a gargalhar alto.
- Gordinha, eu não deixava – comecei a rir também.
Eles ficaram com aquelas implicâncias de jardim de infância. Hora um colocava um apelido no outro. E ela batia nele, ou ele a empurrava de leve. E foi assim, até o sinal bater.

Oi meninas! Eu sei que eu sumi novamente, mais foi por alguns problemas, prometo não sumir mais. Beijos, fiquem com Deus